25.9.10

Introdução

Eu nunca quis ser a porra de uma romancista, nem a melancólica de uma poeta, na verdade eu sempre achei esse lance de escrever uma puta de uma sacanagem. Um hábito honestamente viciante que por alguma estúpida razão foi colocado dentro de mim, eu não o merecia, é claro.

Muitas coisas que acontecem comigo eu julgo não merecer, há quem diga que sou a nicotina em pessoa, outros dizem que a Zica sou eu, graças a Deus não me chamo ZIca, pelo menos isso. De certa forma – como muitos outros – eu nasci cagada, expelida pra fora – como muitos outros – no mínimo em minha certidão devia constar um nome decente, não que o meu seja lá essas coisas, é comum, comum de um jeito que eu não sou. Vai ver não combino com meu nome.

Não é mais uma crise, eu me convenci que eu poderia escrever pequenas comédias, tragicomédias pra ser mais exata. Não quero mais falar de amor, nem de gente mela cueca, e muito menos de sentimentalismos, o que eu quero agora é entender e me fazer ser entendida como vitima de um destino engraçado que me envolve e ri de mim.

Como diriam os sábios é sempre melhor rir do que chorar, ou rir pra não chorar, é alguma coisa desse tipo. Mas de alguma forma a risada sempre fica em primeiro lugar, minha incrível falta de sorte e meu nato talento para o inusitado poderia me render histórias de aventuras que muitas vezes se parecem ficção tragicômica, porque não é possível alguém ser tão azarada quanto eu.

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