31.1.11

Soul vs. Heart

Quando eu amei pela primeira vez eu não sabia que aquilo era de fato amor, demorou tempo demais pra que eu aprendesse como era a sensação, depois que aprendi a insegurança veio com o aprendizado, e por conseqüência eu aprendi a desacreditar. Talvez eu não saiba até hoje onde foi que eu ultrapassei a linha dos apaixonados, ou porque isso aconteceu, esse momento que mudou tudo é um verdadeiro mistério pra mim.

Meus próprios sentimentos sempre costumaram ser um mistério pra mim mesma, eu os tenho e não os percebo, muitas vezes é preciso que terceiros me avisem da periculosidade do que tem dentro do meu peito. Podem rir quando eu digo que sou ingênua, mas é uma das verdades que fica guardada atrás da minha mascara de sarcasmo e ironia, outras são menores, mas todas as verdades ficam presas em mim porque eu não posso falar, eu não sei falar. Não há diálogo, não há entendimento, ultimamente o que me tem reconfortado é correr com meu cachorro obeso até esbaforir e depois sentar na grama e aproveitar o silêncio, as vezes dgo uma coisa ou outra afinal meu melhor amigo canino não entenderia, tento não falar muito, pois ele também gosta mais do silêncio.

Na falta de palavras faladas, eu penso em todas as outras que me paralisam nessa cidade, naquelas que eu nunca digo, o que eu realmente quero é exatamente o que eu preciso descobrir. Alinhar meu coração e minha alma é um dever, uma necessidade pra poder seguir em frente. Acredito na teoria dos três eixos, que o amor vem do coração, a mente nos faz enxergar o que é certo, mas a bondade vem da nossa alma, e estou cansada do meu coração cegando minha mente e minha mente estragando minha alma.

Não estou condenada, só um pouco confusa por dentro, lutando comigo mesma pelo não sei o que, eu gostaria de poder ser um pouco mais normal, menos pensante, quer dizer as pessoas que menos pensam são as mais felizes, a ignorância é uma benção. E na ignorância eu não posso me perder, meu coração tem tropeçado em todas as coisas que eu não conheço. Armadilhas nas quais eu não posso me prender, não importa o que aconteça com a minha cabeça agora, pelo menos minha alma eu preciso manter completamente livre, pois até mesmo os frios, os mentirosos e os ignorantes podem ser bons e a bondade é o que eu preciso exercitar, só através dela vou encontrar meu coração de novo e abrir meus olhos pra credibilidade, uma garota especial uma vez me disse que eu tinha que aprender a ter fé. Porque na fé eu encontraria o caminho certo, não vou virar crente, nem me agregar a qualquer outra religião, também não acho que eu precise de psicólogos ou homeopatas, eu preciso de mim mesma, meus três eixos de volta e ter fé que na próxima estrela cadente eu vou saber o certo a se pedir.

13.1.11

The Cave

Minha crença na teoria de que todo ser humano é bom por natureza tem se abalado ultimamente, eu ainda acredito que um bebê é de fato uma criatura completamente inocente e livre de todas as maldades que foram abertas junto com a maldita caixa de Pandora. O que nos fode é que o acontece depois, gradualmente somos traumatizados pelos outros, o sarcasmo, a desconsideração, e todas os malditos joguinhos que as pessoas jogam.

Porque no jogo se machucar dói menos, a gente pode pausar, dar restart e desligar quando estivermos cansados. Tratamos nossos relacionamentos mais complicados dessa maneira por pura covardia. Somos tão corajosos quando ninguém nos magôo ainda, mas a partir da primeira ferida, as coisas só pioram, existem dois jeitos de se lidar com estas peripécias, podemos nos entregar aos jogos, e agir da mesma maneira daqueles que já foram contaminados pelos males de Pandora, ou podemos seguir o outro caminho e optar por não magoar com a desculpa de que também já fomos magoados.

O segundo caminho é obviamente mais difícil, resistir as tentações da carne em nome dos sentimentos alheios é algo quase altruísta. Na maioria das vezes fazer o que é certo é sempre menos divertido e menos prazeroso, eu me esqueço de que já soube lidar com isso do segundo jeito, ultimamente tenho caído na tentação de jogar com os meus próprios sentimentos, só pra poder fingir que eles são fictícios, que eu posso pausar quando eu quiser.

Não está funcionando mais, outro ano se passou e as coisas se complicam a cada dia, as responsabilidades aumentaram e minhas preocupações também, eu preciso crescer e parar de pensar na luxuria. Meu coração não pode ser um vale vazio, mas ele precisa estar repleto de pessoas boas, com boas intenções, porque eu não posso me dar ao luxo de ficar inoperante em nome de um amor romântico.

A resposta é claro está em distribuir melhor minhas energias, pensar melhor antes de agir, treinar mais vezes, achar força na dor. Há uns dois anos atrás quando algo me machucava de verdade eu sempre ia até o palco do parque central pra treinar, de certa forma o malabares me paralisava e por alguns minutos nada no mundo exterior importava, porque eu podia jogar tudo que estava nas minhas mãos pro alto.

Fazia mais de um ano que eu não ia até lá, hoje foi um dia muito especial, eu posso ter adiado algumas coisas importantes, mas quando senti que meu amigo precisava de mim eu fiz de tudo pra tentar ajudá-lo, pode ter sido da maneira errada como sempre, é claro. Mas nesse ano eu espero cumprir minha meta de só fazer pelos outros o que eu desejo que eles façam por mim, e por ele faria isso mil vezes. Pode magoar, pode me fazer ser a zoada da festa, mas eu não me importo, eu sei quem eu sou, eu sei quem vai sempre estar lá pra mim e especialmente eu sei que em algum ponto da noite eu posso ouvir Mumford & Sons no ultimo volume e treinar, jogar temporariamente tudo pro alto e esquecer que até o melhor dos melhores pode errar feio um dia.

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10.1.11

Brows Before Hoes

Toda vez que eu fico extremamente bêbada, eu pareço como um porra de um Irlândes. Vocês sabem: aquelas criaturas beberronas, grossas, e completamente adoráveis pela sua necessidade excessiva de demonstrar afeto (ainda que de um jeito grosso). Como se todos os sentimentos ficassem guardados em um lugar tão fundo que às vezes até pra mim é difícil alcançar.

O que acontece é que eu sou muito jovem, tem muita vida correndo pela minha veia, e o problema reside nos lugares e nas pessoas com quem eu gasto minha energia, sem duvidas eu evolui em alguns aspectos sociais. Descobri que quando se toma um anti-biótico com tequila e absinto até pessoas como eu podem dançar e se divertir em uma balada. E o principal de tudo eu pude perceber que não importa onde se está, o que importa é com quem se está. Eu enfrentaria o inferno se fosse com alguém que eu realmente amasse.

Essa coisa chamada amor é tão frágil quanto um segundo de desentendimento, de falta de comunicação, celulares desligados, palavras não ditas, nada disso importa se no final der tudo certo, por final eu me refiro ao final da noite, porque isso simplesmente nunca tem um fim. A verdadeira amizade nos custa tempo, paciência e energia , mas algumas valem a pena até quando se chora em um sofá sujo de balada por alguém que realmente não quer te ouvir, se você se importa com essa pessoa você tem que procurar por ela e dizer tudo (ainda que não seja ouvida).

O importante é fazer sua parte, eu posso falhar com qualquer um, menos ela. Porque se algum dia eu perdesse ela, eu não seria eu mesma. E não perder ela requer nunca esquecer da minha fibra moral, que eu posso estar insana mas não posso esquecer nunca do que é certo. Porque o valor de uma irmandade é indescritivelmente maior do que o prazer de um ato burro, insensato e embriagado.

Ainda que eu tenha plena consciência de tudo isso, às vezes é muito importante que alguém me lembre da coisa certa a se fazer, felizmente eu tive essa pessoa nessa noite e minha gratidão não fica só no copo de absinto que eu ganhei e que covardemente encheu meu sangue com álcool, o copo por conseqüência me deu coragem pra enfrentar o caos e encontrar a solução, pra que no final da noite sobrasse como sempre o tripé (que infelizmente andava enfraquecido nos últimos tempos), com fandangos jogados na calçada, danças no balcão e muitas emoções pra um lugar com tantos veados juntos.

Nunca me senti tão viva e tão digna de viver como na noite de hoje, ultimamente eu tenho pensando no peso da maturidade, todos nós estamos envelhecendo e agora não é mais como antes, existem coisas que eu simplesmente não posso me dar ao luxo de perder. Quanto mais se tem, mais se pode perder. Eu sempre reclamo, mas eu de certa forma tenho tudo o que eu preciso, eu posso saber com certeza que não importa o que aconteça sempre vai existir meia dúzia de amigos que vão estar lá pra mim, assim como eu me esforço tanto pra estar por eles. Isso é tudo que alguém pode querer, não importa o dinheiro, a localidade, tão pouco quanto se come em uma noite, o que sempre vai restar é o ombro amigo pra rir e chorar juntos.

Talvez eu seja um pouco Hank Moody, meio safado, mas completamente cavalheiro na hora de defender os outros. Eu quase soquei um cara hoje em nome de uma honra qualquer, não sei qual mão me puxo de volta, mas quando meu punho estava fechado e mirado na cara daquele boçal, eu senti minha ira frente aquele cena, a falta de gentileza e sensatez me fez ter uma vontade enorme de ensinar uma lição pra ele, ninguém mexe com meus amigos, porque no final da noite e no nascer do sol é com eles que eu quero estar.

9.1.11

Limites Respeitáveis

Existe uma linha fina separando o sano do insano, é um limite que a maioria das pesosas quebra por pura diversão própria, não importando que para isso aconteça seja preciso passar por cima das outras pessoas. Talvez eu me culpe a toa, só porque quando vivemos com uma certa quantidade de culpa tememos alguma coisa, agora eu entendo os riscos de viver sem medo algum, eu vivi dessa maneira por muito tempo.

As festas, as bebidas, as mulheres é tudo muito divertido até que enxergam-se as consequencias, nem sempre elas são fisicas, no meu caso é sempre moral. A vida daqueles que não se importam com os valores e os sentimentos do próximo é muito mais sinples, eu penso e quanto mais penso, mais me culpo, mais me arrependo. O que me difere de muitas pessoas que eu conheço é que eu não consigo ultrapassar o limite, nem mesmo quando eu estou completamente

abalada.

Não é por falta de tentativa, percebi ha muito tempo atrás que eu devia parar de tentar mudar o mundo e mudar a mim mesma, me encaixar nessa insanidade toda, nesse pandemonio de atos inconsequentes que os outros fazem só por diversão. Devia me divertir mais, parar de me importar com os sentimentos dos outros, hoje em dia quase ninguém mais se importa mesmo, eu tento fazer as coisas certas, mas sempre faço do jeito errado. Fico nesse nesse vai não vai, em cima do muro como um gato gordo e acomodado com a indecisão, eu não entendo porque não consigo me jogar, devia ser fácil ligar o foda-se e me divertir.

As pessoas sempre me disseram pra não esquecer das regras, que tudo que vai volta, mas o que acontece quando se faz o bom e se recebe o mal em troca, ninguém me respeita e eu nao consigo me impor, sou uma covarde que não consegue ultrapassar a linha e parar de respeitar os outros, quando consigo fazer isso me arrependo e na hora de tentar consertar faço do jeito errado, se isso é um ciclo interminável eu devia aceitar e tomar uma atitude, ainda falta me decidir qual. Não consigo mais suportar o meio termo.

7.1.11

Pedra no rim é uma barra até pra mim

Boa noite,

Primeiramente eu gostaria de lhes desejar um bom 2011 e como sempre, já lhes informar que o meu começou CAGADO! Como muitos dos meus amigos devem se lembrar minha zica de começo do ano é sempre ficar doente de uma forma ou de outra. Claro que isso acontece no começo do ano pra eu não poder aproveitar tanto as minhas férias, depois de ter passado meu aniversário de 18 anos num quarto de hospital com dengue, você começa a pensar: caralho por que é sempre comigo?

Isso aconteceu ano passado e 2011 obviamente já começou bem, ontem a noite eu fiquei me mexendo, me revirando, não tava entendendo muito bem porque eu tava sentindo aquelas dores. Dores estranhas, incomuns, eu sou uma pessoa completamente incomum, fui descobrir posteriormente que a dor que eu sentia chamava-se cólica. Passei a entender um pouco melhor porque todas as minhas namoradas ficavam o bicho quando diziam estar com cólica.

Devia ter tratado elas melhor quando isso acontecia, porque eu não fazia idéia da dor, levantei, resolvi ir ao banheiro e mijei sangue, fiquei em choque. Foi quando eu percebi que tinha alguma coisa errada comigo (não lindinho, não estou grávida, continuo não cortando pros dois lados apesar dos verdades e desafios) .Suei frio a noite inteira, comecei a pensar que podia ser pedra no rim e não deu outra.

A única vantagem disso foi ter tomado soro o dia todo e não ter conseguido comer o que me deu o maior barato, eu olhei pra minha avó e falei que ia ficar sempre doente porque eu tava curtindo a brisa, ela deu bastante risada, pra não chorar obviamente. O pior foi explicar os “sintomas” pro médico, eu sentei na frente dele e disse:

- Estou com muita dor lá

- Lá aonde?
- Nas minhas partes intimas

-Descreva a dor.

Eu fiz uma cara de tão puta, mas tão puta, afinal minha avó, uma senhora estava do meu lado e ele queria que eu descrevesse as coisas que eu estava sentindo lá embaixo.

- A dor é palpitante, parece que estão fazendo uma balada forte de puts puts na minha vagina.

Foi minha vez de deixar o doutor chocado, é claro. Minha avó me conhece então ela só deu risada, o problema de uma infecção urinária são as piadas que você tem que ouvir, minha mãe por exemplo, até minha mãe zuo comigo. Me ligou e perguntou onde doía, eu falei da baladona super badalada que tava acontecendo aqui embaixo e ela disse: que você anda fazendo na cama, Mari? Você esta usando muito apetrechos sexuais?

Cara, é o fim, eu sei que minha família é moderna, mas poxa custava ser um pouco mais discreta? Tenho pavor de imaginar minha mãe me imaginando com dildos e derivados, poxa mamãe pensa assim não, minha infecção vem única exclusivamente da minha péssima alimentação de liquidos na viagem do final do ano, que só me fodeu, me fodeu lá e a conseqüência ta aqui na minha baladinha bucetal.