7.4.11

Jedis me ajudem

Meu quarto é uma representação do que eu sou. Tudo é bagunçado e confuso, os livros jogados no chão, meus projetos, meus tantos projetos que eu nunca terminei me assombram na estante. Comigo sempre foi assim. Quando aparecia uma nova paixonite então as folhas ficavam passadas, cheias de antigos sentimentos. Eu nunca os jogo fora, essas minúsculas partes de amor, se um dia eu não mais ter a capacidade de amar, pelo menos eu poderia ler e lembrar que um dia eu amei alguém. É tão raro quando me dão tempo e oportunidade de terminar um capitulo inteiro, o tempo nunca é suficiente.

Eu olho ao redor e tudo está ao contrário, na minha analogia particular eu estou ao contrário, sou hoje o inverso do certo sonhando em melhorar, sou uma romântica pra dentro, não pra mim mesma, mas pra todos os meus platônicos... ah meus platônicos como sou romântica por vocês. No entanto até no romance estou ao avesso, com todas as palavras bonitas que eu nunca digo, as boas intenções que eu nunca mostrei.

Agora minha vida esta tão bagunçada que eu nem sei como começar a consertar, não sei se eu desviro primeiro minha cabeça, meu coração ou meu dia-a-dia. Não consigo decidir, não consigo chegar a tempo. Acho que é isso que eu sou: uma romântica patética que está sempre atrasada, como na hora de salvar uma bela donzela e ter a incrível capacidade de estragar tudo. Meu cavalo é manco, meus dedos são tortos e meu olhar se tornou triste. Talvez eu não seja

qualificada pra resgatar nada, pelo menos não até me encontrar.

Já me encontrei algumas vezes, mas me perdi muito mais do que fui encontrada, é como se o dia todo eu corresse de mim mesma, tentasse me esconder, o famoso escapismo, no final das contas nunca dá certo, eu sempre sobro com meus pensamentos, dos quais eu fujo o dia todo. Talvez seja hora de encara-los, eu preciso encarar e mudar alguns aspectos da minha vida, do contrário como já diria o grande Obi Wan Kenobi: eu talvez sucumba ao lado negro da força.

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